domingo, 31 de maio de 2009

TRISTEZA CRUEL



TRISTEZA CRUEL
(Almir Flora)



Hoje a tristeza se apossou de mim
Tentei sorrir, tentei brincar, dançar, sei lá...
Não! Meu Deus! Ela chegou e quer ficar
Tenho medo, muito medo, Deus!
Vejo o sol! Mas cadê o seu brilho natural?
As estrelas! Desapareceram, de vez.
São trevas na mente e no olhar
Obscuro-me, calo-me, silencio-me,
Não ouço agora a voz da razão
Tento criar um personagem em mim
Sei lá! Um devorador de dragões
da insensatez e incompreensões,
Como personagem de Baudelaire
Em texto de Diários íntimos
Em que a tristeza é figura principal.
Ser bom e receber o mal?
Querer ser feliz, mesmo em pedaços?
Hoje a tristeza se apossou de mim
Nada muda somente o tempo, o tempo!
Ouço, pelas vielas: “Amor é love you”
Lindo, para que ama e é amado,
Aos sofredores só restam Maysa.

SIM, QUERDO DEUS.



SIM, QUERO DEUS...
(Almir Flora)

Sim quero Deus... Como quero Deus!
Não esse Deus de trocas,
Não esse Deus que oferece céus
E que a espécie é a figura principal
Não esse Deus que salva individual
Não esse Deus dos homens maus intencionados
Não esse Deus que oferece riquezas,
Mas não ensina a dividir
Não esse Deus de templos suntuosos.
Quero um Deus que me mostra a rua,
Quero um Deus que me ensine a ser tolerante,
Quero um Deus sem discriminação
Quero um Deus que abre meu coração
Para que eu possa ser útil ao próximo
E que nada peço em troca
Quero um Deus que me ensina a amar,
Amar sem distinção, sem interesses.
Quero um Deus que grite às injustiças
Quero um Deus das crianças,
Quero um Deus dos velhinhos,
Quero um Deus que mostre o caminho
Esse caminho, que leva ao amor,
a bondade e ao coração puro.
Quero um Deus que me leve,
Sem antes eu cumprir o que pediu.
Quero um Deus afinal de um amor puro.

NÃO SEI


NÃO SEI
(Almir Flora)

No escuro dessa solidão nada vejo
Há não ser as incertezas presentes
Fujo dessas máscaras que afrontam
O meu ser, meu corpo e minha alma.
Uma solidão tão triste e inacabada.
Que mostra o quanto é triste
A solidão-solitária
Minha alma carece de desejos
E eu aqui nesse monte, querendo ser
E não podendo ser, o que o ser quer.
Só me resta os imaginários da própria mente
a querer descobrir o óbvio: o amor.

sábado, 30 de maio de 2009

UMA LINDA MULHER



UMA LINDA MULHER...
(Almir Flora)

É uma linda mulher...
Seus lindos olhos, seu olhar penetrante.
Doçuras em palavras ditas,
seu modo, seu físico, sua sensibilidade.
É uma linda mulher...
Seu encanto, amiga, companheira,
Sincera, independente e sagaz.
Mulher verdadeira, decidida,
Meiga e solidária.
Assim é você, menina,
Com todas as virtudes.
Seu amor aos seus, a santifica.
Sua alma que embeleza,
E erradia alegria e sorrisos
Merecedora de todas as lisonjas
Posso vê-la, por tela,
E através dela sentir o seu aroma virtual
O seu perfume de mulher.
Uma linda mulher...
Seu nome, um belo nome,
Ah! Seu nome eu digo?
Não...! Apenas posso dizer
Que é uma linda Rosa Vermelha.

NÃO SEI MAIS CHORAR



NÃO SEI MAIS CHORAR
(Almir Flora)

Não sei mais chorar,
As lágrimas secaram
Foram tantos sofrimentos,
Imensas amarguras,
Minha alma tão dilacerada
Não tenho forças para continuar
Amei tanto você menina,
E você aprontou essa.
A dor é maior, pois dizia que me amava,
Trocávamos juras de amor, lembra?
Percebi que o tempo não foi meu amigo
Não parou para me avisar
Que o sofrimento viria à minha alma
Tudo ficou no nada, o vento levou,
As águas do rio não param,
Assim também é o sofrimento.
Suas palavras tão carinhosas,
Nas conversas no MSN, os papos longos,
As risadas, as queixas, os conselhos,
Em altas horas de noites perdidas.
Não sei mais chorar,
As lágrimas secaram
E você menina se foi
Deletando o meu coração.


PRECISO DIZER
(Almir Flora)


Eu prefiro silenciar-me,

Para mim as calúnias não criam efeitos

Palavras são ditas, jogam à lama

Mas as absorvo elegantemente

Não acendo o fogo da intolerância

Apenas procuro apagar o da ignorância

Se queres esse caminho o faça,

Meu escudo será sempre Deus,

E quem pode contra Ele?

Deixa ser eu o que sou,

E o que sou, adiciono

O que sou é pra construir

O que sou é pra carinhar

O que sou é pra amenizar dores

O que sou é pra amar os meus

O que sou é pra viver e deixar viver

Tira esse tormento em cima de mim

Em cima, cresça e vai à luta.

Verá que ao fazer o bem,

O bem se instalará em sua alma

Não mudarei, não tangenciarei,
Serei eu, como sou e como devo ser.
Ninguém muda sem querer mudar.

TENHO MEDO




TENHO MEDO
(Almir Flora)

Tenho medo da sua apatia.
Tenho medo de perdê-la,
Noto a sua impaciência aflorada,
Diz que eu não sou o mesmo,
Que deixei de dar-lhe atenção.
Triste criatura de pensamentos abstratos
Conduz a linha de ação apequenada
Sempre te amei, anulei-me diante de você,
Fiz todos os seus caprichos absurdamente,
Rompi com o meu social,
Até meus grandes amigos se foram.
Tenho medo da sua teimosia
Dos seus gestos vagos, sem brilho.
De sua distância anunciada.
Perdê-la, é perder o sentido da vida.
Se acontecer à ausência.
Restará então, uma longa solidão,
Não se ama duas vezes.
Tenho medo, tenho medo...

VOCÊ PARTIU



VOCÊ PARTIU...
(Almir Flora)

Nossas vidas foram vividas intensamente
Numa paixão desenfreada, louca e sem razão.
Brigas, remorsos, perdão e voltas.
Mas era bom! Muito carinho e impulsos, sem limite,
A cama desarrumada o lençol no chão,
E nós na entrega e no prazer.
Ah, o prazer! Foi mulher diante de mim.
Sua volúpia, seus apertos, seus gemidos.
Seus choros, os momentos de deleite,
Vivia sempre ao meu lado, uma doce mulher.
Deixou-me, ah! Meu Deus! Por que deixou?
Fiquei triste, sem seu amor, o destino foi fatal.
Minha querida, a amei tanto, com tanto ardor.
Preferiu um outro mundo, o mundo desconhecido,
Eu, vivendo aqui na minha tristeza permanente,
Com muita saudade, saudade demais...
Com os meus remorsos por ter dito adeus,
num momento tão infeliz,
uma briga tão tola e sem sentido.
Hoje eu sofro, angustio-me.
Sou apenas hoje, um personagem,
Não sou eu, é o infortúnio.
O meu sorriso tem sal,
E minha tristeza um doce amargo.

INCÓGNITA


INCÓGNITA
(Almir Flora)

Sou uma incógnita,
Nada sou e não quero ser
Fujo das paixões inclementes
Meus amigos já se foram,
Restaram suas lindas canções,
Seus segredos a mim contados,
Onde a lamúrias eram por excelências.
Sou uma incógnita,
Pueril até demais,
Sofro, as decisões são pérfidas,
Minto nos prazeres do amor.
Não tenho a certeza
Que tudo é válido, se tudo pode,
Só sei que o universo em mim se esvai,
No meu mundo sequioso
De entender o amor,
Esse amor da alma,
Que transborda o coração
Que sofre bastante,
Até a emoção agora é fria
Cálido somente e a tristeza.
Sou uma incógnita,
Um ser qualquer,
Que amou, não foi amado,
Garimpou paixões e desejos,
Sofreu as angustias da vida
Deixou o tempo passar,
E não soube acordar
Morreu já no nascedouro,
Não vendo a vida passar.
Sim, sou uma incógnita.

BOM DIA TRISTEZA



BOM DIA TRISTEZA
(Almir Flora)

Bom Dia minha tristeza
Nem sei se posso dizer assim
Você não sai da minha vida,
Acampou na minha alma
Peço para sair e não sai
Quando a alegria vem,
Aparece você, e destrói essa alegria
Você praticamente já faz morada
Na minha vida e no meu ser.
Você não quer que ninguém seja feliz,
Que não tenha amor para dar e receber
Não pode ser feliz, você vem logo.
Tira o prazer e o bem estar da gente.
Até quando tristeza? Até quando...?

IMPOSSÍVEL


IMPOSSÍVEL
(Almir Flora)

Não sei se um dia lhe conhecerei,
Se eu conhecer o que esperarei de você?
E conhecendo que estrada eu irei?
Não sei se o rumo que eu segui, irás comigo?
Tudo isso já sonhei e acreditei como real
Mas já com os olhos abertos
Vejo que tudo é impossível!
Não lhe conhecerei,
Não esperarei por você,
Sei que é um amor proibido,
Impossível e improvável.
Existe sim um muro intransponível
E esse muro só serve para lamentações.
Ah! Essa virtualidade...
Sonhos realizados nos sonhos
Mas basta acordar e ver a realidade,
O sofrimento na minha alma.
Não tenho como ter esperança
Palavra que não cabe nem falar.
Fico pelo menos alegre no momento,
Quando vejo seu álbum de retratos,
Conforta-me e anseia-me.
Nos momentos da minha solidão,
Penso em você a cada momento
E corro atrás de uma palavra sua
Na página de recado, no MSN, sei lá...
E conforto-me vendo mensagens lindas
Que postou dizendo que ME ADORA
Mesmo sabendo que foi em formatação,
Que alivia minha alma dolorida.
Com certeza a cada dia que passa
A distância fica maior,
Até o sofrimento também
E só me resta caminhar
Pela estrada do Impossível,
Até tudo terminar.

ESTOU SÓ


ESTOU SÓ
(Almir Flora)

Estou só a angústia presente
Não lido com a certeza do ser
Lido sim, é com a desconfiança
Que abate o meu coração atormentado
Não lido com os perfumes das púrpuras
Lido sim, com a espreita da má sorte.
Fico angustiado, desesperançado
É um fremir de minha alma.
Onde está a verdade?
Onde encontrar a luz que ilumina
E não a luz que se apaga diante de mim
Minha alma se afugenta dos desejos
Os sonhos cada vez diminutos
Quero viver e não me sufocar
Diante dos grandes banzos e inquietudes
Os meus poetas se foram
A quem pedir inspiração?
É uma tristeza incontida
Sufocando-me, como um réu à morte!
Olho à frente e só vejo o vazio
E como reagir, se já resignado estou?
É... É um suspiro é a dor da alma.

GOSTAR DE VOCÊ


GOSTAR DE VOCÊ
(Almir Flora)

Como é gostoso gostar de você.
Menina como é gostoso gostar de você.
Sua beleza, sua formosura ideal.
Traz encanto e muito prazer
Como é gostoso gostar de você.
Seu sorriso, sua alegria seu corpo escultural.
Seus olhos lindos, sua meiguice.
Como é gostoso gostar de você
Amizade sincera uma amiga legal.
Como é gostoso gostar de você,
A saudade bate, esperando um recado.
Quando vem é uma alegria geral
Como é gostoso gostar de você.
Menina como é gostoso gostar de você.
E assim vamos vivendo nesse mundo virtual.
Como é gostoso gostar de você...

AH! SOLIDÃO!



AH! SOLIDÃO!
(Almir Flora)

Não sei o que faço,
Essa solidão que me afoga
O martírio em minha volta
É pura solidão tremenda solidão.
Não consigo nem refúgio para o meu eco
Nem as conversas dos amigos
Enche-me de alegria, penso na fuga,
No meu quarto, na minha parede branca,
Fria, insossa, sem luz
Não quero mais representar,
Quero ser eu não minha agonia
Nesse sofrimento atroz.
Talvez não fui merecedor da sorte,
Apesar de tentar caçá-la
Mas sempre o infortúnio na frente,
Dilacerando minha própria alma.
É a razão da minha longa solidão
Que convivo, e é hoje a minha morada.